quarta-feira, 13 de abril de 2011

A saga: "Em busca da vaga perdida"...




Olá meu amigo(a)! Há quanto tempo ein??

Hoje eu gostaria de abordar um assunto especifico: "A dificuldade que é estacionar no centro da cidade", mas eu não estou falando na dificuldade de manobrar o veiculo e posicioná-lo corretamente na vaga não... eu estou falando da missão quase impossível que é achar uma vaga para estacioná-lo.

A empresa que eu trabalho fica no centro da cidade, e ela não possui estacionamento, logo todo dia eu tenho que enfrentar a mesma rotina. Assim que eu chego à rua da empresa eu estaciono o carro e ligo o pisca alerta, e fico ali de tocaia, a espreita de uma possível oportunidade, até ai tudo bem, só que o problema é que existem outros motoristas que fazem a mesma coisa, e quando eu dou por mim, já tem uns oito carros, todos posicionados com o pisca alerta ligado esperando uma vaga, pense numa tensão. Para que o amigo consiga sentir na pele o meu drama, eu vou tentar fazer com que você visualize a situação do meu angulo de visão.

8hs da manhã:

Chego como de costume e encosto com o alerta ligado, esperando que alguém saia e eu possa estacionar.

8hs e 5 minutos:

Todos os outros motoristas da cidade chegam ao mesmo tempo e estacionam ao longo da rua com o mesmo propósito que eu.

8hs e 40 minutos:

O clima está tenso, todos agora já estão com os nervos à flor da pele, uma vaga pode aparecer a qualquer momento, e é nesse instante que escuto um barulho de chaves, e acho que além de mim os outros motoristas também escutam, todos ficam atentos tentando localizar da onde veio o ruído, e assim que o causador do tintilar e avistado todos começam a segui-lo com o olhar, (Parecemos um grupo de leões famintos seguindo uma presa) quando o senhor se aproxima de um veiculo os motores começam a ser ligados, e quando o senhor finalmente abre a porta os carros partem em disparada, no melhor estilo velozes e furiosos... O senhor assustado ao se ver cercado por meia dúzia de veículos pega a pasta que ele tinha esquecido e fecha a porta, enquanto o grupo frustrado dá a volta no quarteirão para se reposicionar novamente.

8hs e 50 minutos:

Estou praticamente dormindo, já pensando em voltar pra casa deixar o carro e vir de ônibus, quando derrepente vejo uma luz que desce do céu, penso comigo mesmo: “Será que estou sonhando?”... Continuo a seguir com o olhar aquele maravilhoso feixe de luz que aponta diretamente para uma vaga,  depois de  me estapear para confirmar que estou acordado, começo a cogitar na hipótese de estar sofrendo de alucinações devido ao tempo que estou parado debaixo de um sol escaldante. Após ponderar por alguns segundos decido que não há outra alternativa a não ser ir lá checar, olho rapidamente para os lados e noto que alguns dos meus "rivais" estão distraídos, discretamente ligo o carro, todos olham em minha direção, tento disfarçar fechando os vidros dando a entender que estou apenas ligando o ar condicionado, tento me manter calmo, e sem fazer  movimentos bruscos engato a primeira, e antes que eles possam notar eu arranco em direção da vaga, tudo está correndo bem, com exceção de que existe um cara em uma pick-up cabine dupla que vem de ré em alta velocidade tentando chegar lá antes de mim...

...Durante segundos tudo fica em slow-motion... toda minha vida (ou pelo menos os últimos 50 minutos que eu fiquei parado lá) passam diante dos meus olhos, agora tudo faz sentido, eu não posso desistir, se eu abrir mão dessa vaga estarei abrindo mão dos meus mais profundos ideais... por isso tenho que persistir... e é com esse pensamento fixo que eu acelero... mas infelizmente meus amigos, antes que eu consiga chegar, o cara da pick-up já está com a traseira dentro da vaga...

... Por um instante amaldiçoou o projetista e toda sua descendência por não ter colocado um motor mais potente no projeto do carro, mas a minha revolta dura apenas alguns segundos, pois após duas tentativas frustradas o motorista da pick-up percebe que a vaga é pequena demais para o carro dele (muahahahahahahaha – risada insana), Deus abençoe os carros hatchs. Com o ar de vitória lentamente manobro e posiciono o carro na MINHA vaga, é isso mesmo, durante algumas horas daquele dia ele será apenas MINHA e de mais ninguém.

9hs

Finalmente  estaciono o carro, pego minhas coisas,  travo a porta e caminho lentamente pela calçada, quando estou chegando perto da entrada do prédio vejo um jipe saindo... NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO (grito Eu em pensamento) enquanto vejo o cara que estava atrás de mim na fila estacionando  na sombra bem em frente à galeria onde eu trabalho... P@#$$% que M#$@#, mas que $%@%$#@#$!@#

Pois é meu amigo está decidido, vou deixar de ser muquirana e vou pagar um estacionamento privado pra acabar com esse sufoco, mas enquanto isso, vou ver se chego mais cedo amanhã.

2 comentários:

  1. Acho tão interessante como esses fatos incovenientes acontecem com você de forma potencializada(risos),espero com muita expectativa, que não parem de acontecer(mais risos).

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  2. Rapaz, nunca tive esse problema... talvez seja porque não hesito em guardar MEU lindo palinho (nome do meu carango) em um estacionamento. Não é por míseros "dois real e cinquenta", que vou arriscar algo me tanto me custou. Deixa de ser mão de vaca!

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