sábado, 30 de outubro de 2010

Meu irmão é um Anjo...



Meu amigo, ontem meu irmão me fez uma raiva, que eu tive vontade de dar um cascudo nele, mas vamos ao que interessa.

Ontem como de costume fui olhar na agenda do meu irmão, pois todos os dias tenho que assinar a observação de comportamento dele, e qual foi minha surpresa ao me deparar com a anotação: Comportamento ruim... brigou na escola! Eu soltei aquele olhar assassino e lasquei a pergunta...

- Meu amado Irmãozinho, o que aconteceu na sua escola!

Ele com cara de que a qualquer momento poderia iniciar uma fuga: - Nada não!

 - Como assim nada Vinicius! Aqui está escrito BRIGOU NA ESCOLA, dá pra me explicar!

Ele pensando se corria ou se ficava: - Olha só, eu vou contar... a culpa foi do outro menino... ele ficou deitado no chão na hora do recreio e eu sem querer chutei a cara dele!!!

(Para ai, você há de concordar comigo! como alguém chuta a cara de outro ser humano SEM QUERER???)

Depois dessa afirmação de meu mano, eu parei um pouco e comecei a meditar... no inicio pensei em várias formas de esganá-lo (no melhor estilo Homer Simpson), depois em como eu faria pra me livrar do corpo (é isso mesmo, amor de irmão é assim, só quem tem um(a) vai me entender)... mas a raiva foi passando e junto com ela os meus pensamentos homicidas! daí eu comecei a refletir, acho que vou pegar leve com ele, vou ter uma conversa séria, mais vou tentar ser mais compreensivo, afinal de contas eu já aprontei algumas quando tinha a idade dele... foi ai que comecei pensar... será que na idade dele eu era assim? Meu amigo, eu parei e analisei por alguns instantes... e comecei a lembrar de algumas coisas...

Lembro-me que quando eu tinha 03 (Três) anos de idade eu meu Pai e minha Mãe morávamos no Conj. Pirangi, e todo dia de manhã assim que eu acordava, minha missão era pegar um cabo de vassoura para tentar tirar a chave da porta que ficava pendurada em um prego na parede (vale salientar que a chave antigamente ficava na porta, mas como eu sempre abria para "fugir" minha mãe resolveu deixá-la em um lugar alto), mais sabe como é que é,  "água mole em pedra dura tanto bate até que fura"... em um belo dia eu tirei a chave do prego e consegui abrir aporta, e fui a pé e nú até a casa da minha Tia Zilda que morava a uns três quarteirões de distância da minha casa, nem preciso dizer que atravessei uma avenida e algumas ruas, mas consegui chegar ao meu destino sem danos colaterais. Fora o susto que meu pai e minha mãe tomaram por achar que eu tinha sido sequestrado ou estava desaparecido tudo ficou bem.

Recordo também de um aniversário, acho que do meu Pai, eu devia ter uns 4 para 5 anos, a casa estava cheia, e minha Mãe cozinhava feito louca para alimentar um mundo de gente, e eu como bom garoto estava na cozinha “aperriando” o juízo dela...

- Mãe o que é isso que tem na panela??

- Filho Mecha ai não... isso é arroz... tira mão e deixa quieto se não você vai se queimar!

- Mãe eu posso dar um pouco pro patos??

- Ta meu amor, pega esse punhado aqui e põe lá para os patinhos e deixa mainha trabalhar.

Após soprar um pouco para o arroz esfriar ela botou um punhado em minha mão,e eu sai todo feliz para o quintal em busca dos patos, chegando lá achei os bichinhos, tão bonitinhos, acho que tinha pelo menos uns 9, só deu tempo de jogar o arroz e eles devoraram tudo, nem deu tempo de ver direito, resignado eu voltei para a cozinha, ao entrar vi que minha mãe não se encontrava, sem pestanejar eu peguei uma pequena panela com arroz e cuidadosamente segurei ela pelos cabos e retornei para o quintal, ao me ver os patinhos correram em minha direção e eu joguei o arroz para eles... pronto agora meu dia estava completo, agora eu podia contemplar o espetáculo dos patinhos comilões... na mesma tarde minha mãe encontrou todos os patos mortos no quintal, até hoje não se sabe o que aconteceu com eles... O que me faz refletir: Será que eu lembrei de esfriar o arroz antes de jogá-lo para os patos??  O.o

Fora esses pequenos "incidentes" eu era uma criança sociável, até dividia os brinquedos com meus amigos. Quando eu completei 7 anos minha prima Zilmar me deu um caminhão de bombeiros enorme, pra você ter idéia meu amigo, dava até pra sentar em cima dele, ele também tinha um reservatório de água que enchíamos e tinha uma espécie de "sanfona" que apertávamos e a água era esguichada por uma mangueira, enfim era Pawwww. Lá na minha rua eu tinha um amigo chamado Ricardo, num belo dia Eu e Ricardo estávamos brincando na frente da minha casa, e ele começou a me encher o saco porque queria brincar com o carro de bombeiros, Eu simplesmente ergui o carro do chão (e olhe que era pesado) e arremessei nele... Pronto estava resolvido, ninguém podia reclamar que eu não compartilhava os meus brinquedos!

Após esse momento nostalgia eu fico aqui imaginando, poxa até que meu irmãozinho é bem tranquilo, acho que não vou colocá-lo de castigo não, vou dizer pra ele que espero que isto nunca mais se repita, e vou dar o caso por encerrado... é isso!!!

...mas se agente parar pra pensar bem, comparado a mim meu irmão é um anjo...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Natal cidade do SOL...

Natal cidade do... mormaço, calor, quentura, forno, fogo, inferno (você meu amigo, pode escolher o adjetivo)...


Meu amigo, Eu não sei como está o clima onde você mora, mas aqui em Natal está um calor infernal, está tão quente que eu acordei achando que estava em Mossoró (Segunda maior cidade do RN, que é conhecida regionalmente por seu clima superrrr agradável), como se isso não fosse o suficiente, assim que me levantei fui tomar banho e quase cozinhei em baixo d’água, meu primeiro impulso foi chamar Vinicius (meu irmão) e dar uma bronca nele por ter deixado o chuveiro elétrico ligado na opção “inverno rigoroso”, só me detive porque lembrei que aqui em casa não temos chuveiro elétrico... putz que água quente do @#$%#@$%#@ assim que eu saí debaixo do chuveiro já estava suando novamente, assim ninguém merece. Vou confessar uma coisa a você meu amigo, o calor me deixa com extremo mal humor, normalmente eu sou um cara bem humorado, civilizado e educado, mais quando o clima está assim normalmente eu fico suscetível a ser acometido pelos meus instintos mais primitivos, principalmente os que envolvem morte. É foi com esse bom humor que eu saí de casa. Ao chegar na parada encontro um “conhecido”, até ai tudo normal, o cara chega e me cumprimenta:
“Conhecido”Bom dia!
EuBom dia!
“Conhecido”Como vão as coisas?
EuVão bem obrigado. E você como está? (perguntei só pra não ser mal educado, mais por mim a conversa teria terminado ali mesmo)
“Conhecido”Vai bem também. Graças a Deus!
(silêncio de 5 minutos) E eu na torcida para que o ônibus chegasse logo!
“Conhecido” – O clima está bom né? (o maldito filho de uma mãe tentando puxar assunto)
Eu – É.  (Clarooooo... está maravilhoso... principalmente se você for um lagarto nativo do Atacama).
“Conhecido” – Sabe de uma coisa, Eu gosto mais do verão do que do inverno!
Eu – É. (eu tentando ser monossilábico pra ver se ele desiste da conversa)
Conhecido” – Ei. eu to pensando em comprar um carro.
Eu – É! (até que seria bom mesmo, pois assim não teria que ver você mais aqui na parada)
Conhecido” – Eu tava vendo ontem um carro nos classificados, ele era completo...
Eu – É.
“Conhecido” – Pois é cara, ele tinha vidros elétricos, ar, direção hidráulica, câmbio automático, rodas de liga leve, desembaçador de vidros, películas e tinha até aquecedor de bancos... o que você acha!!
Eu – Aquecedor de bancos???? (Pra que @#$%##@$% você quer aquecedor de bancos aqui em Natal seu monstro)
“Conhecido” – É sim, massa né?
Antes que eu pudesse dar minha resposta vi o ônibus surgindo no inicio da rua, pensei: “- Salvo pelo gongo.”
“Conhecido” – Até mais...
Eu – Até “Nunca” (completei eu mentalmente) mais...

Pois é meu amigo. É nessa época que fica bem claro o motivo da minha amada cidade ter o titulo de “A CIDADE DO SOL”. Eu acho que, além de ser o ponto do nosso continente mais próximo da África, de alguma forma Natal também é o ponto do planeta mais próximo do Sol, tem condições não, é quase sobrenatural meu amigo, quando dá meio dia, o sol trava em cima de nossas cabeças e não se move mais nem um milímetro, só desce quando dá 18hs em ponto, e não pense que quando anoitece melhora não, a situação só ameniza, pois à noite, além do calor, nos convivemos com outro problema acarretado por esse período, esse problema se chama Pernilongo, mais conhecido aqui como “muriçoca”, parece mágica, é só você deitar e apagar a luz que elas aparecem, e não pense que é uma ou duas não, é uma verdadeira legião delas, Eu não sei qual o coletivo de “muriçoca”, não sei se é enxame, na verdade eu nem sei se existe, segundo o meu primo Ramon o coletivo de muriçoca é *ruma: Exemplo: “ontem fui atacado por uma “ruma de muriçocas”. Seja lá qual for o coletivo eu tenho certeza de que as que moram aqui são altamente treinadas, pois eu me enfio embaixo do cobertor, mas sempre aparece uma dentro, eu acho até que elas tem equipes táticas de apoio, enquanto um grupo levanta o lençol o outro se infiltra, e assim elas ficam revezando a noite inteira até todas terem se alimentado fartamente do meu sangue. Eu mesmo to doido pra que o inverno chegue logo, o verão nem começou e eu já to ficando maluco...
Meu reino por um aparelho de Ar-condicionado, alguém ai topa?

*Se pronuncia rruma ( com o som de dois erres)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A História da "Serial Chicken"


Meu amigo você não vai acreditar no que me aconteceu ontem. Como assim você acredita?? Eu ainda nem falei! Ta ok, eu vou falar, o texto abaixo é um relato real, na verdade é uma confissão. Aconselho inclusive que cardíacos, crianças ou pessoas sensíveis parem agora mesmo de ler este relato, pois as cenas que estou para descrever são terríveis... vamos lá!
Era uma vez, uma garota chamada “C” (vou omitir o nome de Ceição, pois se não ela é capaz de me matar também), “C” sempre foi uma garota sensível, carinhosa, atenciosa, meiga e gentil, principalmente com pássaros e outros animais de penas, e esse afeto por esses bichinhos começou desde cedo, pois seu pai em sua residência criava algumas galinhas, e ele sempre foi muito zeloso com as bichinhas, principalmente com os dois xodós do quintal, os xodós ao qual eu me refiro eram duas galinhas anãs, você já viu uma galinha anã? Não é uma criatura linda? Tão inofensiva e indefesa as bichinhas... bemmmmmmmm pequenininhas... mais vamos voltar ao que interessa... o Quintal da casa de “C” sempre foi um local seguro para as galinhas, todas viviam em harmonia, até que um dia uma tragédia aconteceu, uma das galinhas anãs havia desaparecido, sim meu amigo, é isso mesmo, a dócil galinhazinha havia sumido, sem deixar nenhuma pena ou carta de despedida sequer, o Pai de “C” desesperado começou a investigação, e saiu a fazer perguntas pela casa:
Pai de “C” - Meu amor, você sabe dizer se alguém deixou o portão aberto?
Mãe de “C” – não meu amor, ninguém deixou aberto não, por quê?
Pai de “C” – é que eu não consigo encontrar a Gertrudes (nome fictício adotado para proteger a real identidade da galinha).
Pai de “C” – Filha você viu a Gertrudes?
“C” – A última vez que eu há vi pai, ela estava no quintal. (e sim meu amigo... ela realmente estava no quintal...)
Pai de “C” – Mas como é que pode uma galinha daquele tamanho sumir assim? Ela não saiu voando que eu sei.
“C” – Quem sabe papai, ela tem asas pode ter voado por cima do muro, quem sabe até ter descoberto alguma nova rota de migração, “ter se enterrado na areia é que não foi” (tom de sarcasmo), é mais fácil ela ter voado (carinha de santa).
Pai de “C” – É verdade, vou cuidar logo de aparar as asas da outra para que não aconteça o mesmo.


Dia “X”, mês “X”24 horas antes do desaparecimento da Gertrudes.

Era um dia ensolarado, poucas nuvens pairavam no Céu, o típico dia de verão perfeito para se brincar no quintal com as amigas, e foi o que “C” fez. Naquele fatídico dia “C” e sua amiga Jéssica (to com preguiça de omitir nomes) brincavam alegremente no quintal, até que algo chamou a atenção, o objeto de encanto delas era Gertrudes, Galinha faceira que corria cheia de vida e alegremente por todo o quintal, as meninas então decidiram pega-lá para brincar, após grande correria finalmente elas capturaram a pequena, e tudo corria bem... Gertrudes era penteada e acariciada em quanto repousava no colo de “C”, não se sabe ao certo o motivo as meninas resolveram entrar, “C” pensou: - Caramba essa galinha corre muito, eu acho melhor deixá-la guardada em algum lugar até eu voltar. Então ela Falou:
- Jéssica, pega aquele balde ali.
Jéssica como boa amiga que é trouxe o balde até “C”, que prontamente colocou Gertrudes em abaixo dele, após alguns segundos para verificar que ela não conseguiria fugir, as duas entraram em casa... Horas se passaram até o retorno das garotas, ninguém sabe ao certo se 4, 5, 6 ou até mesmo 10hs se passaram... Ao retornar “C” notou que o silêncio reinava no quintal, as galinhas estavam cabisbaixas, nem o galo arriscava seu canto vespertino, todos estavam abatidos, é como se algo muito grave tivesse acontecido, “C” então olhou para o balde e se lembrou – “Putz” a Gertrudes... com passos firmes ela se dirigiu ao local, e com um movimento brusco levantou o balde, ao ver a cena Jéssica não se conteve e falou – Xiiii... ela ta morta “C”, teu pai vai te matar...
Pausa...
Caramba... Eu fico aqui a imaginar, o que será que a pobre da Gertrudes pensou em seus últimos momentos?
- Calma Gertrudes, está tudo bem, elas vão voltar logo, elas devem só ter ido beber água... e daí que ta escuro aqui dentro... pelo menos eu tenho ar... XD
1 hora depois
- Que danado estas meninas estão fazendo? Haaaa já sei, elas devem ter ido almoçar... neste exato momento devem estar escovando os dentes... em no máximo 5 minutos elas devem retornar... poxa ta ficando quente aqui...
3 horas depois
- Alô!! Tem alguém ai fora??? Qualquer um... socorro... duas maníacas me prenderam aqui em baixo desse balde... me tirem daqui... me ajudemmmmmmmmmm...
4 horas depois
- Filomena (nome fictício da outra galinha – o nome real dela foi preservado, pois ela está no programa de proteção a testemunhas) você pode me ouvir??? Estou aqui em baixo... diga ao Jorge (nome fictício do galo) que eu sempre amei ele... eu nunca tive coragem de admitir... não esqueça de dizer isso a ele... TÁ ME OUVINDO FILOMENAAAAA???
5 horas depois
- Eu deixo meu lugar no poleiro para Glórinha (nome fictício de outra galinha), já que eu tenho certeza que a traíra da Filomena vai ficar com o Jorge, Também deixo todo meu milho para Zélia... e Para Julieta eu deixo... maldita areia borrou outra vez.. é tão difícil enxergar aqui em baixo... vou ter que começar tudo de novo  ... Eu deixo meu lugar no poleiro para...
6 horas depois
Cri... cri... cri... cri... (sons de grilos)
Continuando...
“C” - E agora o que nós vamos fazer?
Jéssica – Nós? Pelo que eu me lembre eu não coloquei a galinha em baixo de balde nenhum..
“C” – Soltando um olhar fulminante para Jéssica: “Se ligue... Eu já dei cabo da galinha... para dar um jeito em  você  também não ta faltando nadinha..”.
Jéssica – Calma “C” eu tava só brincando... O.o
Após centésimos de segundos de hesitação “C” decidiu ocultar o cadáver... – Rápido vamos cavar um buraco antes que alguém chegue... e assim foi enterrada a pobre Gertrudes... lançada em uma cova rasa sem nenhuma identificação... como se fosse uma indigente qualquer...
Pausa...
Meu nobre amigo... sabe o que eu estava imaginando agora? Eu tava imaginando o olhar de pânico das outras galinhas ao ver sua amiga sendo assassinada friamente, e logo após ser enterrada na frente delas...
Jorge (O Galo) - É o seguinte, o que reina aqui é a lei do silêncio... ninguém viu nada e ninguém sabe de nada...
Glórinha (amiga intima de Gertrudes) -  mas não podemos deixar essas assassinas livres...
Jorge – Cê ta ficando doida muiê, a Gertrudes não fez nada e foi Raptada, presa, torturada, mantida em cativeiro, morta e depois desovada... imagina agente se der com a língua no bico? Deixa quieto...
Continuando...
...E lá sei foi a pobre Gertrudes, sem ao menos ter direito a seu último punhado de milho, nunca teve filhos.. nem ao menos conseguiu declarar seu amor oculto por Jorge “O Galo”... de certo tinha um futuro inteiro pela frente... nunca saberemos ao certo...
Então meu amigo, é isso mesmo, agora você já sabe o que realmente aconteceu com a pobre Gertrudes, e cabe a você decidir...
Será que isso foi um acidente ou foi premeditado?   Ò.ó
Será que é justo em um pais onde muitos não tem o que comer “C” fique enterrando galinhas?
VOCÊ DECIDE...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Será que meu gato é normal???



Meu amigo, hoje eu me peguei pensando em uma coisa que minha mãe dizia, e comecei a refletir na possibilidade dela estar certa... você não sabe do que eu estou falando? Pois bem, eu vou te explicar.
Minha querida mãe tinha uma teoria, esta teoria consistia em que, todo animal que botava o pé, ou melhor, a pata aqui em nossa humilde casa, acabava adquirindo peculiaridades no mínimo estranhas. Você não acredita? Então Vou citar alguns exemplos.
 O primeiro cachorro que tivemos aqui em nossa casa se chamava Ralf. Ralf era um vira-lata baixinho, mais muito atrevido, ele tinha o hábito de subir em muros, (é isso mesmo que você leu meu amigo, ele SUBIA EM MUROS) até então pensei que esta atividade era exclusividade dos gatos. Ele sempre aterrorizava os transeuntes, que se surpreendiam ao notar que tinha um cachorro em cima do muro, e se você acha que as pessoas se assustavam, tentem imaginar a cara dos gatos quando notavam que Ralf os seguia através do muro... rsrsrs. Mas Ralf nunca parava de me surpreender, ele adorava picolé, se acabava chupando manga (ele era literalmente “O cão chupando manga), quase morria de latir implorando por um pedaço de tapioca quando minha mãe fazia. Mas infelizmente um dia meu querido Ralf partiu pra terra “dos patas juntas”, até hoje não sei se foi por causa do seus hábitos alimentares ou se foi veneno que algum bandido jogou.
Logo após Ralf veio o meu primeiro Gato, O Zé Gato 1º (só pra que você entenda, o gato já tinha uns seis meses que morava lá em casa, e ninguém tinha dado um nome a ele, meu amigo David muito solidário, ficou inconformado do gato se chamar apenas “gato” e então resolveu batizá-lo de Zé Gato I), o reinado de Zé Gato I foi muito curto, mas foi cheio de aventuras, intrigas, romances, complôs e traições (como imagino que deva ser a vida de todos os monarcas), Zé Gato I, também tinha algumas peculiaridades. Ele morria de medo de baratas (juro que foi a primeira vez que vi um gato correr com medo de uma barata, e confesso que foi decepcionante), ele só comia em cima da máquina de lavar (você podia botar o melhor e mais bonito salmão dos mares da Groelândia para ele comer no chão que ele nem chegava perto, só comia se fosse em cima da máquina), e só dormia em cima dos locais mais altos da casa. (tipo em cima de guarda roupas e armários da cozinha). Após alguns anos Zé Gato I também partiu, tento me lembrar se a morte dele ocorreu na mesma época em que nossa máquina de lavar roupas foi para o concerto, mais confesso que não me lembro.
Começava então o Reinado de Zé Gato II. Que foi tão curto quanto o reinado de seu antecessor. Ao contrário de Zé Gato I ele era um exímio caçador, pegava tudo que passava em sua frente (baratas, ratos, lagartixas, insetos diversos e até mesmo passarinhos).
Pausa...
No mínimo você está pensando agora: “o pobre desse gato caçava assim porque devia viver morrendo de fome.”  - Calma lá, isso é mentira, a vasilha dele sempre vivia cheia de ração. ¬¬
Continuando...
Na verdade Zé Gato II era destemido, se arriscava muito, podia se dizer que ele era um verdadeiro conquistador de territórios, e isso provocava  inveja nos gatos da vizinhança, o que de uma forma direta ou indireta pode ter sido o motivo de sua morte prematura. Mas além do espírito guerreiro de Zé Gato II, a única peculiaridade de sua vida foi ironicamente seu enterro...
...“Me lembro como se fosse hoje, ele se encontrava muito abatido, acho que ele devia ter participado de algum duelo, estava fraco e não queria comer, então eu chamei minha mãe e mostrei o local, e lá estava, A Lenda do Quintal... O Grande Zé Gato Segundo, dando seus últimos suspiros... mesmo depois de ter sido bajulado com leite, peixes e afins... ele preferiu uma morte discreta em nosso quintal, em baixo do pé de graviola. Estávamos todos lá prestigiando o grande guerreiro, Eu, Meu irmão e minha Mãe, dando o último adeus... o “velório” estava indo bem... eu até estava tentando me lembrar de alguma caixa ou objeto que desse pra colocar o corpo do nosso amado gato... foi quando de súbito minha mãe pediu silêncio... ela parou e ouviu o que queria, logo após saiu correndo, deixando apenas eu e meu irmão lá... poucos segundos se passaram antes do regresso e ela trazia consigo um saco, antes que eu pudesse questioná-la sobre a utilidade do saco, ela se agachou e com uma agilidade ninja fez com que o corpo de Zé Gato II desliza-se para o interior do saco, da mesma forma que chegou ela saiu correndo em direção a rua, eu e meu irmão intrigados com tão inesperada atitude a acompanhamos... e qual foi nossa surpresa quando vimos ainda de relance o gari pegando o saco com os restos mortais de nosso “bichano” e jogando no interior de um caminhão... tudo fez sentido naquele momento, o barulho que havia chamado sua atenção, era o barulho do caminhão de lixo que acabava de entrar em nossa rua... minha mãe não pensou duas vezes, pegou o corpo do gato e deu um fim rápido e prático ao nosso “Xano”... ô Zé Gato II... onde quer que você esteja espero que possa nos perdoar... até hoje quando vejo um caminhão de lixo tenho vontade de acender um vela ou colocar flores nele,sei lá, prestar algum tipo de homenagem,  só que sempre olho pros Garis fico intimidado... e a vida foi seguindo...
Após a partida de Zé Gato II Eu tinha prometido que nunca mais criaria nenhum animal de estimação. Mas a vida... A vida é uma caixinha de surpresas, eis que, em um belo dia, minha mãe e meu irmão vão na casa de minha prima e vêem que a cadelinha dela tinha tido filhotes... moral da história... lá vem Rex. Rex era um cachorro especial, além de gostar de tudo que Ralf também gostava, ele tinha ainda outros hábitos ainda mais curiosos, como por exemplo, quando ele fugia, a única forma de trazê-lo de volta era levando comida, para poder usar como isca e atraí-lo até em casa, até ai tudo bem, não tem nada de errado em se levar um pouco de carne para atrair o cachorro... opa! espera ai, quem falou em carne? A iguaria irresistível utilizada na captura de Rex era Biscoito recheado de chocolate, e não era qualquer biscoito não, se levasse da marca que ele não gostava, nem tinha conversa, pode acreditar meu amigo, o cachorro era viciado em biscoito, se você jogasse uma picanha mal passada e um pacote de biscoito pra ele, não tenha dúvidas, ele iria comer o biscoito, e logo após comeria a picanha, é claro, pois de besta ele não tinha nada. Assim entre um biscoito e outro nossa vida ia seguindo, até que em um belo dia Rex sumiu, minha mãe disse que ele tinha fugido pela manhã na hora em que ela abriu o portão para botar o lixo fora e como não tinha o biscoito que ele gostava, nem adiantava ter ido atrás dele, e assim foi passando o dia na espera do retorno de Rex, mas ele não voltou... até hoje espero a carta dos seqüestradores com o pedido de resgate...
Mesmo depois de tantas decepções e tristezas, hoje habita em minha casa o Zé Gato III (quem sabe o último da dinastia dos “Zé Gato”). Até Hoje Zé Gato III tinha demonstrado ser um gato normal, se lambia, dormia, pedia comida, se lambia de novo, dormia, pedia mais comida... sempre nessa rotina agitada...
Tudo ia bem até que Ney um amigo meu  me alertou com relação ao Zé Gato III.
Ney:  - Wellington, esse seu gato não é normal não... olha o jeito como ele ta sentado!!! Cruzando as patas... xiiii... esse gato só sobe no colo de homens??? Rapaz... fica de olho nesse gato...
Eu: - Deixa de coisa Ney, o gato ta só ali sentando, ele é normal... fica ai tentando difamar meu gato cara...
Ney: - Tudo bem, não ta mais aqui quem falou...só um detalhe, quem avisa amigo é.
O tempo foi passando e todo mundo que vem aqui em casa diz que Zé Gato III é cheio de frescuras, até meu irmão que hoje tem 9 anos vive me falando.
- Wellington, nosso gato é muito estranho... quando eu tou comendo ele fica com uns miados estranhos, só falta falar pedindo comida, além disso ele só quer dormir na frente do ventilador, parece até que vive morrendo de calor... e eu nunca vi ele com uma namorada.. todo dia de madrugada ele acorda agente pedindo pra entrar com medo de apanhar dos outros gatos.. o gato do vizinho nem faz isso... porque o nosso é assim???
 Eu: - ta bom Vinícius eu já entendi, mas não se preocupe, ele é normal. ¬¬
Mais e ai meu amigo, me dá uma luz!!! Será que meu gato é normal???

terça-feira, 19 de outubro de 2010

você já ouviu falar nos ladrões de supermercados???

você já ouviu falar nos ladrões de supermercados???

Acho que sua reposta inicial será: - Sim é claro que sim.

Mas é ai que mora o engano, eu não estou falando dos inofensivos ladrões que roubam supermercados, Eu estou falando dos Temíveis ladrões de compras, sim é isso mesmo ladrões que roubam compras, agora você deve estar se perguntando: - Roubar compras??? como assim??. Não se preocupe eu vou te explicar melhor

No submundo das grandes redes de supermercados existe uma quadrilha de super bandidos que ficam na espreita, pronto para atacar os cidadãos incautos, esses bandidos não têm escrúpulos e com certeza você já foi "perseguido" por um deles, só que ainda não sabe. Mas não se preocupe eu estou aqui para alertá-lo.

Sabe qual é a parte mais trabalhosa que eu acho na hora de fazer compras? É a hora em que eu tenho que garimpar frutas e verduras relativamente intactas e boas para o consumo humano. Você sabe o quão difícil é fazer isso em uma rede de supermercados??? Onde todo mundo apalpa e joga as pobres para lá e para cá? Isso é uma tarefa desafiadora. A segunda coisa que eu odeio e ter que entrar nas temíveis mais não menos opressoras filas de açougue, onde sempre tem uma velhinha que apalpa todo suprimento de carnes do supermercado antes de decidir que quer levar apenas uma posta de peixe, tudo isso é um suplicio, mas que com um pouco de preparo mental e físico você consegues superar.

Agora meu nobre amigo imagine que você já passou por estas duas etapas cruciais das compras, e agora se encontra desfrutando da glória de se encontrar na secção de embutidos, eis que durante alguns míseros segundos você abandona seu carrinho para pegar algo no corredor anterior e qual é seu espanto quando nota que seu carrinho não está mais lá... - NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO (esse é seu grito de desespero ao notar a ausência dele), claro que você tenta manter o controle, fica alguns instantes ali, quem sabe esperando uma carta de resgate, sim seu carrinho pode ter sido sequestrado, é um pensamento totalmente plausível, mais acontece que o tempo passa e os sequestradores não entram em contato, nem ao menos dão noticias do seu carrinho para informar que ele está bem. Você finalmente recobra suas forças e vê que é inútil esperar, e decide começar a investigação, mas por onde começar??? Rapidamente você descarta a secção de verduras, frutas e açougue, pois obviamente o meliante já detém esses produtos consigo - maldito bastardo... Espero que você tenha uma morte lenta e dolorosa (pensa você ao lembrar-se do sufoco que passou para que este @#$%##$%% esteja desfrutando do seu carrinho), e agora para onde vou??? Ha Ráaaaa... elementar meu caro Watson, como você já tinha praticamente acabado as compras, ele deve se encontrar agora na fila do caixa... sim é isso mesmo. E lá vai você em direção ao caixa.

Ao chegar no caixa você rapidamente dá uma espreitada por entre os carrinhos que se encontram na fila, e finalmente encontra o “seu”, e agora o que fazer? Você olha de relance para o elemento, toma coragem, dá uma limpada na garganta e diz:

– Com licença amigo... acho que o Sr. pegou meu carrinho por engano.

Se der sorte ele irá olhar pra você e dirá:

- pois não é que foi!... acho que deixei o meu na outra secção e peguei o seu por engano. Ele então Sorri (enquanto solta um olhar pra você que diz: eu amaldiçôo você e toda sua descendência) entrega seu carrinho e sai em busca do suposto carrinho dele, e você vai embora olhando pra trás, assustado, com medo que ele esteja te preparando uma emboscada na secção de frios.

Caso você não esteja com sorte o meliante irá olhar para ti com desprezo e dirá:

- Meu amigo (O cínico ainda tem a coragem de te chamar de amigo) acho que você deve estar enganado, esse carrinho é meu.

E você fica ali fitando o criminoso com vontade de pular no pescoço dele e esmagar sua cabeça com o saco de batatas (suas batatas, que você mesmo escolheu).

Finalmente após ponderar por uns instantes você pensa: Quais minhas opções?

Opção número 1:

Eu posso chamar o segurança e dizer:

- Segurança, pega ladrão, ele me roubou!

O segurança muito solicito irá olhar para você e te perguntar:

- o que foi que ele roubou Sr.?

E você dirá de pronto:

- Minhas compras. E como se ainda não bastasse roubar, o farsante ainda pretende pagar por elas, dá pra acreditar na cara-de-pau dele?

E como se o segurança ainda não estivesse convencido do crime você argumenta:

- Olha se o Sr. Olhar no saco de cenouras poderá constatar que uma delas tem uma leve mancha escura e já tem algumas raízes, pode conferir, essas compras são minhas... minhasssssss...

O segurança olhará para você com um misto de pena e desprezo enquanto inicia o discurso de que ele não pode fazer nada, pois como você ainda não pagou pelas compras elas legalmente não são suas, portanto não houve roubo.

E você derrotado se afasta, enquanto olha sorrateiramente para o individuo que paga por suas cenouras... e o pior ainda vai embora impune.

E Tem a opção número 02

Você pode concordar com ele:

- Você dá uma olhada nele solta um meio sorriso amarelo e diz: - Deve ser mesmo, Eu acho que confundi o seu carrinho com o meu.

E lá se vai você iniciar a maratona de compras novamente... e pensa: desta vez não largo meu carrinho por nada (enquanto olha de forma paranóica para os lados).

Pois é isso meu amigo... cuidado com os ladrões de compras... eles existem e podem estar mais perto de você do que possa imaginar.